26/04/2006

Amigos de ouro, como o rio.



O rio estava turvo e já não pude ver o reflexo do brilho dos olhos que um dia iluminou os meus dias.
Mas na força da corrente, que teima em arrastar os dias como se fossem iguais, reparei que na margem alguém deixou esquecido bocados de vida, que eu apanhei, pedaços de riso estridente, calma e verdade sem fim.
Muitas palavras no silêncio, muita força no barulho, muita paz na confusão.
No embalo até à Foz, trouxe na minha bagagem valiosas sensações.
Eternas, como as margens.
De ouro, como o rio.

3 comentários:

deep disse...

Bom dia, Leonor. Sê benvinda.
Um beijo.

rafaela disse...

Lindissimo Leonor.
=)

Anónimo disse...

Prima!
Um tchim tchim para ti.
Desculpa o massacre. Mas sabes que apesar da época das vindimas vir longe . Senão forem uvas há sempre algo que se colhe ou então se tem que deixar amadurecer.
Bjs