Eclipses
"Bem disposto?
– Sempre!Também há pessoas que aprendem a suprimir e a negar os seus sentimentos através de distanciamento e insensibilização em relação a eles. Autodesligam-se dos seus sentimentos sem, contudo, terem consciência disso. Assim, quando essas pessoas são recompensadas socialmente por mascararem as suas emoções, acabam muitas vezes sentindo-se não ouvidas, alienadas, zangadas e deprimidas, sem saberem porquê. As suas vidas podem até parecer correr às mil maravilhas, mas elas sentem-se vazias, não preenchidas. Isto porque estão separadas das suas próprias emoções.
.
Que fazer com as emoções?
O primeiro passo na gestão das nossas próprias emoções e sentimentos é aceitá-las sem juízos de valor nem de culpabilidades. Ao aceitar as suas emoções e sentimentos está também a aceitar uma parte de si, cheia de força de viver, cheia de sabedoria sobre si próprio e sobre a qualidade das relações que estabelece com os outros, em especial de quem mais ama."
Jaime Graça Machado,Psicoterapeuta / Executive Coaching, 2005
Hoje deu-me para aqui. Para citar, “copiar e colar”. Mas o que acabo de ler e que para aqui copiei, é algo que acredito ser muito importante.
As pessoas acostumaram-se a disfarçar os sentimentos e as emoções. A não as demonstrarem, a controlá-las socialmente. Ficam assim, pensam, mais protegidas porque não serão magoadas em emoções que não demonstram. O resto pode-se controlar melhor que os sentimentos e as emoções. É assim por cobardia que na maioria das vezes nos defendemos destes e daquelas.
Errado! Mal!
Não sendo psicólogo nem tendo preparação nessa área, limito-me a constatar. As pessoas são menos coloridas. Riem e choram menos. Escondem-se. Vangloriam-se de vitórias que podem justificar com adjectivação socialmente aceite: Trabalho, aplicação, esforço, inteligência. Privilegiamos assim as nossas características “máquina”. São estas, características comuns ao computador…capacidade de processamento, trabalho sem parar, devoção total, e um grande processador. Porém, tal como as máquinas seremos ultrapassados. Hoje são o topo de gama, amanhã para nada servem.
Daí que pense ser exactamente o contrário. Temos realmente um processador, uma memória e capacidade de trabalho, mas o que nos distingue são as emoções e sentimentos. É com estes que ficaremos, quando a máquina estiver ultrapassada. É com estes que atingiremos estados de felicidade e não apenas conjunturas favoráveis.
Claro que não basta sentir. Ou melhor, não podemos sentar-nos confortavelmente no sofá “a sentir”. Temos que trabalhar, lutar em todas as frentes da nossa vida. Mas podemos e devemos fazê-lo sentindo. E temos a obrigação de educarmos o sentimento, para sentirmos o que é importante e bom. Como o educamos? Sentindo!
Hoje deu-me para aqui. Para citar, “copiar e colar”. Mas o que acabo de ler e que para aqui copiei, é algo que acredito ser muito importante.
As pessoas acostumaram-se a disfarçar os sentimentos e as emoções. A não as demonstrarem, a controlá-las socialmente. Ficam assim, pensam, mais protegidas porque não serão magoadas em emoções que não demonstram. O resto pode-se controlar melhor que os sentimentos e as emoções. É assim por cobardia que na maioria das vezes nos defendemos destes e daquelas.
Errado! Mal!
Não sendo psicólogo nem tendo preparação nessa área, limito-me a constatar. As pessoas são menos coloridas. Riem e choram menos. Escondem-se. Vangloriam-se de vitórias que podem justificar com adjectivação socialmente aceite: Trabalho, aplicação, esforço, inteligência. Privilegiamos assim as nossas características “máquina”. São estas, características comuns ao computador…capacidade de processamento, trabalho sem parar, devoção total, e um grande processador. Porém, tal como as máquinas seremos ultrapassados. Hoje são o topo de gama, amanhã para nada servem.
Daí que pense ser exactamente o contrário. Temos realmente um processador, uma memória e capacidade de trabalho, mas o que nos distingue são as emoções e sentimentos. É com estes que ficaremos, quando a máquina estiver ultrapassada. É com estes que atingiremos estados de felicidade e não apenas conjunturas favoráveis.
Claro que não basta sentir. Ou melhor, não podemos sentar-nos confortavelmente no sofá “a sentir”. Temos que trabalhar, lutar em todas as frentes da nossa vida. Mas podemos e devemos fazê-lo sentindo. E temos a obrigação de educarmos o sentimento, para sentirmos o que é importante e bom. Como o educamos? Sentindo!
Quando me defendo e retraio as minhas emoções tudo acaba por ser mais negro. Não vejo luz, nem muito menos a deixo passar.
Eclipsar
v. tr.,
interceptar a luz de um astro;
encobrir;
ocultar;
enfraquecer;
obscurecer;
v. int. e refl.,
desaparecer;
sumir-se;
esconder-se (um astro).
v. tr.,
interceptar a luz de um astro;
encobrir;
ocultar;
enfraquecer;
obscurecer;
v. int. e refl.,
desaparecer;
sumir-se;
esconder-se (um astro).
26 comentários:
.....eu pessoalmente que sou Burro, acho que o que devemos fazer com as emoções, é expressá-las.....
Abraço
Gostei imenso do seu post!
Um abraço amigo,
Daniela Mann
Eu comecei já a "aprender" a desligar-me de alguns sentimentos, não por querer mas inconscientemente, como forma de me auto-proteger!
A verdade, não estou a gostar desta aprendizagem, gostava de a poder evitar mas não sei como pois são factores externos a mim que despertaram esta reacção!
Gostei muito do texto transcrito e muito mais das tuas palavras... como tudo isso me parece verdadeiro. Para muitas pessoas, ser "honesto" emocionalmente, deixar fluir as emoções - as boas e as más - é sinónimo de fraqueza, por isso não se expõem, nem admitem que os outros o façam. Pode parecer forçado, mas isto lembra-me o protagonista de "La Família de Pascual Duarte" do Cela que matava aqueles que testemunhavam a sua fraqueza.
Adorei este texto.
Mas eu que sou uma impulsiva incorrigível e que rio e choro na mesma proporção, e muito, acho que as emoções são tramadas...e às vezes apetecia-me tanto ser mais calma e ponderada. Se sempre sei transmitir o que sinto? Pois essa é outra questão!
Eu concordo plenamente. Mas sabes, de cada vez que mostro as minhas emoções, as pessoas acham estranho, ficam com cara de "que é isto?". É que elas não estão habituadas a demonstrar sentimentos para se protegerem e assim habituam-se a também não aceitar, ou a ficarem incrédulos quando o fazes. Não é assim tão fácil sabes?
O meu comentário:
http://minudenciascomuns.blogspot.com/2006/03/emoes.html
:)
«Quando me defendo e retraio as minhas emoções tudo acaba por ser mais negro. Não vejo luz, nem muito menos a deixo passar.»
mas tal como num eclipse, é passageiro, e a luz há-de voltar. :))
bom fim-de-semana, Miguel * um abraço à Leonor :)
Gostei do teu post e concordo plenamente contigo. Prometo voltar
Não querendo generalizar o não generalizável... eu acho que quem faz isso (ser "menos colorido") são os homens!!! Demasiado! E sempre o fizeram! E até fazem é cada vez menos!
Eu não faço.. nem sabendo que tb tem vantagens! Porque simplesmente não consigo!
Muito bem pensado, Miguel! E muito bem dito! :)
Beijinhos!
Eu, como sabes, sou mesmo o sentimento ambulante. Não consigo disfarçar. Também não preciso...
eu sou muito má a disfarçar emoções, choro quando não devo (socialmente) chorar, rio quando não devo, sou demasiado eu e as vezes isso não é assim tão bom, acho que tem haver uma meia medida, temos de dosear.
=) bom fds
Concordo totalmente! E sem emoções, não pode haver realmente a individualidade, aquilo que faz com que o trabalho ou os actos se distingam, marquem a nossa posição e mostrem o que realmente valemos (máquinas à parte).
Vemos muito a falta de emoções quando cumprimentamos uma pessoa. Um toque ou um sorriso podem fazer tanta diferença e ainda tão pouca gente o notou!...
Bom FDS, Miguel e Leonor***
Aqui na Holanda é terrível, parece quase um crime sorrir. Ficam todos a pensar o que é que eu quero, quando sorrio para alguém. :/
E ainda por cima adoro sorrir.
gostei muito do conceito de sermos pessoas coloridas (ou não?)... Eu sou multicolor! Muita histeria! Bom Post! e bom fds!
Estás certo!
(cá entre nós, que sermão, Miguel!)
Ena... este post chega-me numa altura em que faz mais sentido que nunca. Mas já faz parte de mim "esconder-me" um bocado. Logo passa...
Saudações
Um texto formidável... gostei dessa introspecção!!!
Bjo e bom fds
Mas olha que às vezes... protege mesmo...
Bom texto este
bjs para ti e para a Leonor
eu vivo na escuridao
*beijos*
Temos que deixar de ter medo dos nossos sentimentos. São eles que nos fazem ser quem somos!
Em relações às emoções existe muita verdade no que está escrito mas também existe uma doença chamada doença Bipolar www.admd.pt
que consiste chegar ao extremo dessas mesmas emoções. Mania e depressão. Antes a doença era conhecida por maníaco-depressivo.
Por vezes quem tem essa doença esconde as emoções. E muitas pessoas que sofrem de depressão (unipolar) também.
Não é agradável ouvir, de quem não compreende, um "Anima-te! Isso passa!". Porque não passa se não houver intervenção de um psicólogo/psiquiatra (depende do tipo de depressão).
E há muita gente que não compreende.
Seja bipolar/unipolar sente-se e sente-se muito. Por vezes não o que se devia.
É preciso partilhar, sim, mas não se pode substimar. O que cada um sente, com ou sem doença (às vezes lutando ou não, sentido ou não) tem uma causa.
Habituei-me a pensar que, talvez aqueles que não sentem, não pensam, não fazem, tenham lá os seus motivos para isso. Caso venham ter comigo, podemos conversar sobre isso.
Nem todas as aves voam.
emoções ...emoções... é deixá-las fluir e seja o ke Deus kiser
ósculo :)
Para continuar... mostremos essas emoções aos k nos estão mais perto... porque todos precisamos de ouvir que somos amados..!
bjs
Talvez esse esconder não seja sempre opção. Às vezes o outro também não está receptivo para aceitar uma emoção e muita gente evita-as com receio que caiam no vazio... se bem que não é pelo outro que as vamos ter... mas estava só a... por acaso é algo em que penso, pois sou de sentir, mas não gosto também de ver muitas pessoas quietas à espera que caia do céu a realização... só não faço mais porque não posso!...
:)
Enviar um comentário