23/11/2006

Não sei se diga, se escreva

Em amena cavaqueira com quem me conhece há pouco tempo, tentei explicar aquilo que não estaria a ser fácil para o meu interlocutor:

- (…) e de uma forma geral, nos restantes casos, posso dizer que brinco 80% das vezes que falo e 20% das vezes que escrevo.

Que diabo! Pois é…ao explicar-lhe cheguei eu próprio a uma conclusão: Sou um tipo muito mais sério a escrever do que a falar! Qualquer dos casos, já me tem trazido amargos de boca, pelo que decidi que a partir de agora e em determinadas situações, em vez de escrever, vou telefonar e noutras, em vez de falar, vou mandar bilhetinhos. Assim, creio que equilibrarei as coisas.

Posto isto, duas notas:

A – Este post, foi escrito ou falado?
B – Muito bem, mas se o eu falador é assim e o eu escrevinhador assado, como é o eu pensante? – Tenho que pensar nisso! Depois digo-lhes... ou escrevo!

9 comentários:

Leonor disse...

organiza-te primeiro, depois diz coisas, ou escreve, como achares melhor, que eu gosto das duas!

Sara disse...

Eu escrevo quando estou triste, se falar choro! Eu falo quando tou contente, se escrever esmoreço! Eu falo muito a sério a rir e brinco muito a escrever! Quanto a pensar... bem... penso, as vezes de mais e as vezes de menos, as vezes digo o que penso, noutras penso o que dizer e as vezes não penso, só digo... PENSA ESCREVE E FALA

Phil disse...

pelos vistos, falar mexe mais a sério com as tuas coisas e é mais difícil. eu acho que a escrita nos impõe logo à partida uma distância de segurança que nos deixa, passo a redundância, mais seguros, porque há um maior controlo. podemos escrever, apagar, modificar... falar implica uma imediatez e uma proximidade dos afectos - pela espontaneidade a que somos obrigados pelo facto de não podermos pensar muito antes das palavras - que nos assusta e nos faz às vezes contornar e disfarçar com brincadeiras para dizer as verdades de uma forma mais distante... mas ainda assim verdadeira :)

antónio paiva disse...

................
pois é

a minha mãezinha sempre me disse para não falar com desconhecidos

às tantas a tua não te avisou e depois ficas neste estado

em qualquer dos casos escreve sempre

quanto mais não seja
escreve a dizer porque é que não escreveste
..................

;))

Abraço e bom dia

rascunhos disse...

Pois, ele há dias em que apenas nos entendemos com o silêncio.Experimenta, dá cá um jeitão.
Cumpts

izzolda disse...

Odeio quando digo alguma coisa a brincar e alguém leva a sério, quando o modo como a disse era explicitamente jocoso...por isso compreendo o problema, e acho que a solução passa por avaliar o interlocutor e decidir se é melhor falar só a sério ou se podemos dar duas de letra sem sermos mal entendidos! :)

Bom FDS, Miguel**

kurika disse...

Espero que o "eu pensador" seja o misto do "eu escrevinhador" correcto com "eu falador" brincalhão...e assim dará um assunto sério (!!??) com um ar de brincadeira...soa bem...e não é cansativo ouvir...nem ler... e pensar muito menos.

Bom fim de semana...

tiago disse...

eu também escrevo muito mais a sério do que falo! aliás, as pessoas interpretam-me tão à letra, que, muitas das vezes, tenho de rectificar: olha, aquilo que eu estava a dizer há bocado era brincadeira, estava a ser irónico!
o eu pensante, no meu caso, não se aplica! :p
cheerz****

Anónimo disse...

Isto leva-me a pensar noutra coisa. Aquilo do "menino de coro", escrito no post anterior, era mesmo verdade? :)

Abraço