27/03/2007

A minha caneta

A minha caneta falhou-me.
Não foi capaz de escrever o que eu queria dizer.
Teorias, jogos de palavras, sorrisos escondidos, amarguras guardadas é o que escrevia, quando o pretendido eram teses com soluções, jogos de amor, gargalhadas felizes, crença pura.
A minha caneta traiu-me; zanguei-me com ela, afastei-me. Mas o que faço então com o que preciso dizer?
Falo e não me entendem,
Actuo e não gero consenso ,
Sonho e não consigo,
Luto e não venço.

Vem cá velha caneta, a culpa não é tua por certo... deixa-me que tente de novo, que caneta nenhuma pode ser responsabilizada pela mão que a segura.
Tentemos de novo sim, certos que não assinaremos o Tratado de mudança do mundo, mas que podemos gerar um sorriso amigo, um acreditar momentâneo, um olhar terno, alguém a sentir-se compreendido.

Não mudaremos a cor da tinta, o tipo de letra. Continuaremos como sabemos, e saberemos continuar
A amar
A acreditar
A viver
A perdoar
A ser crianças
A dar
A receber
A partilhar
A vivermos cumplicidades
A sermos mais felizes.

Obrigado, caneta... eu desacreditei, tu nunca.

7 comentários:

Francisco Souto e Castro disse...

Graças a Deus, a caneta não falhou e o fez regressar à blogosfera...
Pelo menos nesta, as regras passam por receber e partilhar.
Um abraço

rascunhos disse...

por favor, arranja-me uma caneta dessas... as minhas falham cada vez mais.

na falta tb pode ser um teclado antigo...

bjinho

Anónimo disse...

Sinto que ouviste com o coração... e p'ra mim basta! ;-)

Leonor disse...

se soubésses como estou feliiiiiiiiiiz! tu sabes. Valente.
bjs muito amigos

Margarida Atheling disse...

Nem ela, nem eu!
Agradece por mim à caneta, sim?

Bjs

Anónimo disse...

A tua caneta tem melhor dono que a minha. Ela que me ature!
;)

Phil disse...

porque ela tb sente a tua falta e o amor é correspondido, é justo que possam continuar a traçar caminhos juntos... eu gosto de ler os rabiscos dos vosso sentir :)